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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Leitura: Uma viagem sem sair do lugar

A palavra escrita é uma chave maravilhosa que abre as portas de vários mundos, sejam eles reais ou imaginários. Mundos infinitos, cujo único limite é a imaginação, não apenas de quem escreve, mas também do leitor, que participa ativamente na construção das imagens, lugares e ideias presentes em tudo que lemos. É como se o texto fosse apenas o "script" de um filme ou o esboço de um desenho, cujo acabamento é dado pelo leitor, que preenche as lacunas onde não há palavras ou há apenas subintenções sutis do autor (ou até mesmo seu desleixo com algum aspecto da história) usando sua própria experiência de vida, sua forma de pensar, enfim, usando um pouco de si mesmo o leitor acaba meio que "dirigindo" a história e criando sentidos próprios a tudo que lê.

Nos dias de hoje, num mundo cada vez mais audiovisual, aos poucos as pessoas vão deixando de lado o hábito da leitura formal, que a vista de muitos está ficando antiquada (que fique bem claro que não estou me excluindo desse grupo. Muito pelo contrário!). Queria aproveitar esse espaço exatamente pra gerar uma discussão sobre assunto. Pessoalmente adoro assistir filmes, série de tevê, peças de teatro, entre outras coisas. Considero formas válidas de cultura, entretenimento e até mesmo conhecimento/informação, mas, também pessoalmente, considero a leitura “pura” um prazer individual e um desafio muito maior que qualquer espetáculo, exatamente por esse domínio que o leitor tem sobre a obra, que além de lê-la, acaba complementando-a por sua "conta e risco".

Infelizmente a leitura demanda maior disponibilidade de tempo e força de vontade que outras obras artísticas, que já vem “mastigadas” e “embaladas” prontas para o consumo. A leitura é também um trabalho árduo, exige mais dedicação, mas o resultado final é uma experiência muito mais prazerosa, sobretudo quando lemos pela simples vontade de fazê-lo, sem obrigatoriedade alguma, seja o tipo de obra que for. Dar o primeiro passo é sempre a parte mais difícil, daí a importância de pais que incentivem o hábito (disponibilizando quadrinhos e livros infantis aos seus filhos desde bem novos) e também da exigência da leitura de obras paradidáticas nos currículos escolares e vestibulares e certo conhecimento das escolas literárias que permeiam a história da humanidade, como forma de compreender o pensamento de cada época e seus contexto, conhecendo melhor, a partir de então, a evolução histórica e social do nosso país e do mundo até culminar no que temos hoje. 

A partir desses primeiros "empurrõezinhos" é que começamos a pegar gosto pela leitura e, sem nem perceber devoramos livros e mais livros com uma fome voraz de conhecimento e entretenimento que começa a crescer dentro da gente, limitada apenas pela disponibilidade de tempo, pois as outras muitas obrigações e distrações também não param de crescer atualmente. Cabe a cada um de nós encaixar na nossa agenda esse tempinho só pra gente, que é tão bom e acaba nos engrandecendo muito como seres humanos. Pois quem gosta de ler por diversão, não tem tantos problemas pra estudar e absorver informações importantes nas mais variadas áreas de conhecimento da humanidade. 

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