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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Lugares e lembranças

Passear por locais que permeiam as lembranças de nossa infância e adolescência é como uma viagem temporal sem ter que pagar passagem. Principalmente quando estamos longe há muito tempo, como é o meu caso. Nasci e me criei em Fortaleza, terra de meus pais, onde ainda hoje moram minhas queridas avós, de onde saí há muitos anos, quando ainda era um adolescente, devido a uma ótima oportunidade de trabalho que meu pai recebeu.
Uma das muitas belas e ensolaradas praias da cidade
Lá cresci junto com meus primos, entre a casa de meus pais e a de minha avó materna, que na verdade era eram a extensão uma da outra, pois eram bem próximas e todos ficávamos lá tanto ou mais tempo que em nossas próprias casas. Só pra se ter uma ideia, até hoje lá tem uma plaquinha na entrada onde escrito: “Casa de Vó, Paraíso dos Netos!”, o que vem bem a calhar, só acrescentaria um “...e Bisnetos” pra ficar mais completo nos dias de hoje. 

Tudo agora está tão diferente, mas ao mesmo tempo tão igual. Pelo menos o que foi importante continua lá. As lembranças dos bons e maus momentos que passei. A rua do primeiro beijo, a pracinha onde a gente jogava bola nos finais de tarde e início da noite (sempre antes das dez, claro!), os locais onde ganhamos nossos primeiros olhos roxos, entre outras coisas. Foi um tempo que ficou pra trás, mas todos carregamos no peito em nossas doces lembranças, hoje embaçadas pelo tempo.

Meus primos mais velhos, eu mais velho, nossos filhos interagindo como acontecia diariamente no nosso tempo. É quase um “Déjà Vu”. Cenas tão similares, pessoas tão parecidas com o que éramos com a mesma época de nossas vidas. Espero todos que sejam melhores do que somos quando tiverem a idade que temos hoje, que estudem mais, que façam escolhas melhores, que sejam mais felizes. Não que não sejamos felizes, mas meu desejo é mais felicidades a eles.

As memórias felizes podem até ficar meio nubladas pelo tempo ou mesmo nem terem acontecido da forma que me lembro, mas mesmo assim revisitá-las dá causa a uma sensação ótima. De quem já tem uns bons anos nas costas e muitos ainda pra viver. Muitas histórias encerradas, mas também muitas outras ainda (sejam elas tristes ou alegres) por escrever.

Ir à Fortaleza pra mim é como reler um querido livro há tanto tempo fechado, com tantas passagens inesquecíveis, algumas lamentáveis, não posso negar. O tempo passou, pessoas nasceram e morreram, chegaram e partiram, mas a emoção é sempre a mesma. Nunca muda. É como se a própria cidade fosse minha amiga que há muito tempo não vejo e nem mesmo sabia que tinha tanta vontade de abraçar novamente. Mal disse adeus novamente e já estou com saudade.

Até a próxima. 
Tomara que seja logo. 

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